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CASO LINDALVA DA SILVA – Em nota, direção da UPA garante que foram tomadas medidas de suporte a manutenção da vida da paciente

Redação DS 24/04/2024 Saúde

Paciente foi acolhida e classificada pelo protocolo de Triagem Manchester

A Direção Técnica e Clínica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e do Hospital Municipal Arlete Dayse Cichetti de Brito de Tangará da Serra se manifestaram oficialmente nesta terça-feira, 23, sobre a morte da paciente Lindalva da Silva de Carvalho, de 76 anos, nesta segunda, 22, durante atendimento na unidade de saúde.

Em nota, informaram que a paciente deu entrada acompanhada pela filha por volta das 9h26, com sintomas de dor pélvica de início há um dia, procurando o atendimento na emergência.

“A paciente foi acolhida e classificada pelo protocolo de Triagem Manchester como prioritária, sendo atendida dentro do tempo de espera para o Protocolo da Urgência e Emergência, admitida no box de emergência por quadro de sincope, na qual posteriormente foi imediatamente conduzida para sala de Estabilização sendo realizada todas as medidas de suporte necessário a manutenção da vida, porém sem sucesso”,

relatam, ao garantir que foram realizados os procedimentos médicos/enfermagem para salvaguardar a vida da paciente.

Ainda, em nota, informaram que a paciente tinha outras comorbidades, e a queixa inicial não era compatível com quadro emergencial, conforme a Equipe da Triagem classificou pelo Protocolo de Manchester.

Informaram ainda que nesta segunda-feira, durante todo o dia, a Unidade realizou 695 atendimentos, dos quais foram classificadas conforme o Protocolo de Manchester na cor vermelha emergência 29 pacientes (4,17%), laranja muito urgente 111 pacientes (15,97%), amarelo urgente 190 pacientes (27,34%), entre o pouco urgente e sem urgência 218 pacientes (31,36%) e os demais 147 pacientes não atenderam os critérios de prioridade para classificação (21,15%).

“Além do atendimento à porta, o número de pacientes que se encontram em observação e que também precisam de atendimento é significativo”,

informaram, ao esclarecer ainda que a escala médica estava acima da preconizada.

“Ontem [segunda] havia quatro médicos no setor da Emergência, um clínico de intercorrência hospitalar e na retaguarda de sobreaviso (Pediatra, Cirurgião Geral, Cardiologista, Ginecologista Obstetra e Ortopedista). Mesmo diante do tempo maior de espera, nenhum paciente deixou de ser atendido, não houve recusa de atendimento e nenhum paciente aguardou atendimento de 8h da manhã até o período noturno”.

Finalizaram afirmando que a Secretaria Municipal de Saúde trabalha para melhorias no complexo hospitalar e vem executando também outras providências como a abertura do ambulatório de atendimento em horário ampliado para garantir a assistência aos pacientes com suspeita de arboviroses, síndromes gripais, dentre outras demandas corriqueiras que não atendam critérios de gravidade ou de assistencialismo hospitalar complexo, de modo a propiciar a redução significativa de pacientes que, pelo mesmo motivo, buscam atendimentos na Rede de Urgência e Emergência.

“A Direção da Unidade lamenta o ocorrido, ressaltando que foi feito o possível para salvá-la. A equipe se solidariza com a família neste momento de dor e luto”.

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